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Desmate na Amazônia chega a mais de mil km² e bate novo recorde

Desmate na Amazônia chega a mais de mil km² e bate novo recordeÁrea sendo desmatada no Amazonas, que lidera ranking. Nilmar Lage / Greenpeace

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A Amazônia perdeu o equivalente a 138.957 campos de futebol padrão FIFA para competições internacionais de floresta apenas em abril deste ano. Alertas do Deter, sistema do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam para um total de 1.013 km² de áreas desmatadas entre dias 1º e 29 daquele mês, uma elevação de 74,6% em comparação ao mesmo mês de 2021.

É o pior resultado da série histórica, iniciada em 2004, quando foi criado o Deter. E mais: o número chama atenção por ter ocorrido dentro do período chuvoso na região, no qual normalmente as derrubadas são menores.

O que alivia uma notícia tão triste como essa é saber que o Mato Grosso caiu para terceira colocação no ranking dos maiores desmatadores do País, com 23,8%, ficando, desta vez, atrás do Pará (28,3%) e do Amazonas (34,2%).  Porém, não há nada a ser celebrado: esses números maculam a imagem do agronegócio brasileiro no âmbito do comércio externo, prejudicando o produtor das boas práticas.

Os alertas do sistema Deter mostram ainda que, entre os dez municípios com mais desmates, apenas um fica no Mato Grosso: Colniza, com 74.58 km² de áreas desmatadas, o que o colocou na quarta posição. O maior polígono detectado ocorreu em Altamira (PA), com 1.358 hectares, seguido de Lábrea (AM) com 1.337 hectares.

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