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No Pantanal, fogo dispara 1.025% e atinge até áreas alagadas; veja

No Pantanal, fogo dispara 1.025% e atinge até áreas alagadas; vejaRegião de Corumbá é uma das mais afetadas. Reprodução: Brigada Pantanal/Prevfogo

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Por André Garcia 

Com disparada de 1025% em relação ao ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os incêndios florestais começaram a consumir o Pantanal mais cedo e, em 2024, totalizam 1.193 focos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Corumbá (428 km de Campo Grande), um dos municípios mais afetados, o fogo consome a vegetação até por cima dos alagados.

Por meio de vídeo publicado em rede social, a Brigada Pantanal do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) mostrou os esforços para evitar que as chamas não se alastrem para a parte seca. De acordo com o governo sul-mato-grossense, na região, já são mais de 7,4 mil hectares atingidos.

Os bombeiros contam com auxílio da aeronave Harpia 01 para deslocamento, já que a área é de difícil acesso. Em outras localidades, uma aeronave Air Tractor também atua no combate direto, enquanto as equipes em solo vêm realizando aceiros para confinamento e isolamento do fogo.

Equipes da Brigada Alto Pantanal (BAP) e do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que também atuam em Corumbá, mostraram, no sábado, 8/6, a densidade da fumaça que cobre a região.

Incêndios também estão ativos no Forte Coimbra e Paraguai Mirim, onde, na semana passada, foi registrado foco de calor próximo a uma escola. As áreas afetadas nas duas regiões somam 10,3 mil hectares.

Operação Pantanal

No Mato Grosso do Sul, a Operação Pantanal 2024 completa 67 dias e continua na fase de preparação e prevenção, além de ações para conter e extinguir os incêndios florestais. Há 80 militares diretamente envolvidos nas operações, com apoio do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), além de policiais militares que atuam no suporte aéreo.

O Governo do estado reforça que, além do trabalho presencial dos bombeiros, todo o Estado é monitorado via satélite com uso de plataformas da Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe e Instituto de Meio Ambiente (Imasul).

“Com a eficiência das bases avançadas, vamos aperfeiçoar este trabalho, que será permanente e autônomo, com a estrutura necessária para o trabalho de combate ao fogo”, disse o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Frederico Reis Pouso Salas, ao avaliar o uso de tecnologia de navegação e dados e inteligência artificial.

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